DESBUROCRATIZAR...
O governo de Sócrates anunciou que está fortemente empenhado na desburocratização. É sem dúvida uma boa medida, talvez uma das mais aguardadas. Já Cavaco Silva, então Primeiro-Ministro, se havia empenhado nesta luta, tendo começado pela extinção do então papel selado e depois nada mais se soube...
Também António Guterres se esforçou por desburocratizar e pelos vistos deixou obra, pelo menos em matéria criminal não encontramos paralelo na história de Portugal no tocante ao aumento da burocracia! Basta recordar que, até 1999, para a Polícia deter um indivíduo pela prática de um pequeno furto, a situação resolvia-se com um único documento em quadriplicado. O esforço de desburocratização de Guterres foi de tal monta que quadruplicou o número de documentos a elaborar para se fazer a tal detenção. Isto já para não falar de uma detenção por condução sob influência de álcool, cujos documentos a preencher passaram a atingir as vinte folhas de papel. Foi ou não obra de marca?!
Ensinam-nos as experiências vividas no passado que, cada vez que um Governo se predispõe a combater a burocracia, a situação paradoxalmente agrava-se. Estamos confiantes que, com o Governo de Sócrates, isso não irá acontecer...O chefe do Governo está mesmo empenhado em combater a burocracia e simplificar a vida à malta!
Pelos vistos desta vez vai ser mesmo a sério! Desta vez é que as perdas de tempo vão ser chutadas para bem longe... Mas o que vai ser dos vãos de escadas das repartições públicas onde tantas horas esperávamos para resolver um qualquer assunto? É motivo de preocupação o deixarmos de fazer a declaração anual de IRS. Nem dá para imaginar a chatice que vai ser não termos de passar uma manhã ou uma tarde na fila da repartição de finanças local? É motivo de preocupação muitas das escrituras até então obrigatórias deixarem de ser necessárias. Nem dá para imaginar o que vai ser da malta se não ficar uns meses à espera de tão solene acto? Começamos a ficar aborrecidos porque vamos deixar de ir aqui e acolá para nos porem um carimbo ou para nos dizerem que este documento está conforme o original, ou para o Estado passar uma declaração a dizer que não devemos nada ao Estado para o Estado nos poder pagar aquilo que nos deve!
Nem dá para imaginar o não termos de ir à Junta de Freguesia para atestarem a nossa residência, ou para nos passarem uma declaração a troco de 2,50€ a dizer que o bezerro que pretendemos abater no matadouro se destina ao consumo do nosso agregado familiar. Isto vai-se tornar enfadonho porque vamos deixar de ter com quem discutir por sermos mal atendidos, por quererem mais um papel, mais um documento ou mais uma diligência.
Pelos vistos, em Ponta Delgada, vai restar-nos a tranquilização conseguida com os cuidados de saúde que vão continuar a ser-nos prestados. Vamos continuar a esperar pelo atendimento e vamos continuar a ter com quem discutir exigindo ser bem atendidos porque pagamos os nossos impostos, a avaliar pelo esforço que foi feito ao concentrar o SAU junto das Urgências do Hospital Divino Espírito Santo com o propósito de atenderem melhor os utentes. No passado, quando não era urgente, conforme as recomendações, íamos ao SAU para evitar o congestionamento indevido das urgências do hospital. Agora vai tudo para a triagem das urgências e depois vamos para o SAU. Na realidade, tudo se simplificou, a diferença resulta do facto de no passado, em 30 minutos, sermos consultados; agora são necessárias duas horas. É a desburocratização e a simplificação a que já estamos habituados. É caso para dizer: – Haja saúde!
Também António Guterres se esforçou por desburocratizar e pelos vistos deixou obra, pelo menos em matéria criminal não encontramos paralelo na história de Portugal no tocante ao aumento da burocracia! Basta recordar que, até 1999, para a Polícia deter um indivíduo pela prática de um pequeno furto, a situação resolvia-se com um único documento em quadriplicado. O esforço de desburocratização de Guterres foi de tal monta que quadruplicou o número de documentos a elaborar para se fazer a tal detenção. Isto já para não falar de uma detenção por condução sob influência de álcool, cujos documentos a preencher passaram a atingir as vinte folhas de papel. Foi ou não obra de marca?!
Ensinam-nos as experiências vividas no passado que, cada vez que um Governo se predispõe a combater a burocracia, a situação paradoxalmente agrava-se. Estamos confiantes que, com o Governo de Sócrates, isso não irá acontecer...O chefe do Governo está mesmo empenhado em combater a burocracia e simplificar a vida à malta!
Pelos vistos desta vez vai ser mesmo a sério! Desta vez é que as perdas de tempo vão ser chutadas para bem longe... Mas o que vai ser dos vãos de escadas das repartições públicas onde tantas horas esperávamos para resolver um qualquer assunto? É motivo de preocupação o deixarmos de fazer a declaração anual de IRS. Nem dá para imaginar a chatice que vai ser não termos de passar uma manhã ou uma tarde na fila da repartição de finanças local? É motivo de preocupação muitas das escrituras até então obrigatórias deixarem de ser necessárias. Nem dá para imaginar o que vai ser da malta se não ficar uns meses à espera de tão solene acto? Começamos a ficar aborrecidos porque vamos deixar de ir aqui e acolá para nos porem um carimbo ou para nos dizerem que este documento está conforme o original, ou para o Estado passar uma declaração a dizer que não devemos nada ao Estado para o Estado nos poder pagar aquilo que nos deve!
Nem dá para imaginar o não termos de ir à Junta de Freguesia para atestarem a nossa residência, ou para nos passarem uma declaração a troco de 2,50€ a dizer que o bezerro que pretendemos abater no matadouro se destina ao consumo do nosso agregado familiar. Isto vai-se tornar enfadonho porque vamos deixar de ter com quem discutir por sermos mal atendidos, por quererem mais um papel, mais um documento ou mais uma diligência.
Pelos vistos, em Ponta Delgada, vai restar-nos a tranquilização conseguida com os cuidados de saúde que vão continuar a ser-nos prestados. Vamos continuar a esperar pelo atendimento e vamos continuar a ter com quem discutir exigindo ser bem atendidos porque pagamos os nossos impostos, a avaliar pelo esforço que foi feito ao concentrar o SAU junto das Urgências do Hospital Divino Espírito Santo com o propósito de atenderem melhor os utentes. No passado, quando não era urgente, conforme as recomendações, íamos ao SAU para evitar o congestionamento indevido das urgências do hospital. Agora vai tudo para a triagem das urgências e depois vamos para o SAU. Na realidade, tudo se simplificou, a diferença resulta do facto de no passado, em 30 minutos, sermos consultados; agora são necessárias duas horas. É a desburocratização e a simplificação a que já estamos habituados. É caso para dizer: – Haja saúde!
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