FECHEM A CIDADE!
A cidade ficou conspurcada e nauseabunda. A cidade ficou a cheirar tão mal que necessita de ser urgentemente fechada para ser lavada e desinfectada. A situação atingiu tal dimensão na escala da porcaria que nem uma poção mágica à base de creolina e lixívia é suficiente para apagar a infestação e «badalhoquice».
Não é foice da nossa ceara, mas a situação é um verdadeiro atentado à saúde pública! A cidade precisava de ficar sob quarentena para que passeios e calçadas fossem lavados com jactos de pressão e muito detergente de preferência anti-desengordurante... Isto para se poder colocar a cidade, em termos de higiene e asseio, ao nível do que é tradicional.
Talvez por deficiência, causada por anos de profissão, em que, obrigados, tínhamos de evitar ou sanar confusões, a nossa vontade de participar em agitações e concentrações de massas espavoriu-se. Mas, como pai por princípio dedicado e movido pelos anseios da pequenota, como de costume, pelas 19H00 de Domingo passado, lá demos uma volta pelos espaços adstritos às festas.
A desolação foi total, até custava acreditar. Parece que a população perdeu o escrúpulo. Nas chamadas tascas as pessoas, esfomeadas e sequiosas, apinhavam-se. Os que serviam aquela população sedenta não tinham mãos a medir entre o receber os euros e o servir alimentos, sem qualquer rodeio ou regra de higiene.
Retivemos a imagem dos papéis, dos sacos e dos copos plásticos, das beatas, das cascas dos tremoços, das embalagens dos gelados, da gordura dos cachorros, das bifanas, do chouriço à bombeiro, do algodão doce e das pipocas ou freiras, como aqui usam chamar... a porcaria era tanta que até custava acreditar como era possível haver tanto «badalhôco» e «badalhoca», ao ponto de ter havido quem tivesse urinado e defecar entre os carros estacionados.
Quem passou na Avenida junto à Rua da Alfândega, onde existe uma casa de banho pré-fabricada, com o cheiro pestilento e nauseabundo que pairava no ar, se tinha fome, no mínimo, perdeu o apetite de comer fosse o que fosse durante um bom par de horas!
É verdade que tamanha concentração de população produz toneladas de lixo, mas não é menos verdade que se as pessoas estivessem consciencializadas de que sujar e conspurcar a via pública é uma incivilidade, seria bem mais fácil a limpeza e a conservação da cidade limpa.
Recordamos aquilo que o nosso bom amigo Jorge Nascimento Cabral escreveu no ano passado sobre o assunto, alertando as consciências para tanta porcaria. Porém, fazendo das suas as nossas palavras, lamentavelmente, de ano para ano parece não ter limites a capacidade dos habitantes desta terra de conspurcarem os espaços públicos.
Nem o saber-se que as Festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres são cada vez mais um cartaz de visita desta ilha verdejante para os filhos que daqui partiram como para todos os outros...e os outros que, aguçados pela curiosidade e interesse aqui desembocam, parece ser suficiente para demover tamanha apetência pela sujidade.
No meio de tanto esterco e incivilidade não podemos deixar de destacar aquela criança com seis ou sete anos que, segurando na sua mãozita um guardanapo de papel, que serviu para proteger da sujidade das mãos o cone de bolacha baunilha do gelado, perante um chão pejado de lixo e uma papeleira de parede a abarrotar, pediu ao pai para a levantar no ar de modo a poder pôr o papelito amarrotado no sítio certo.
Foi atinente e ao mesmo tempo tranquilizador ver aquele gesto da nova geração, demonstrando uma grande sensibilidade para as questões ambientais que os mais velhos teimam em ignorar.
Esperamos que para o ano não seja ainda pior mas, pior do que isto, será indescritível!
Não é foice da nossa ceara, mas a situação é um verdadeiro atentado à saúde pública! A cidade precisava de ficar sob quarentena para que passeios e calçadas fossem lavados com jactos de pressão e muito detergente de preferência anti-desengordurante... Isto para se poder colocar a cidade, em termos de higiene e asseio, ao nível do que é tradicional.
Talvez por deficiência, causada por anos de profissão, em que, obrigados, tínhamos de evitar ou sanar confusões, a nossa vontade de participar em agitações e concentrações de massas espavoriu-se. Mas, como pai por princípio dedicado e movido pelos anseios da pequenota, como de costume, pelas 19H00 de Domingo passado, lá demos uma volta pelos espaços adstritos às festas.
A desolação foi total, até custava acreditar. Parece que a população perdeu o escrúpulo. Nas chamadas tascas as pessoas, esfomeadas e sequiosas, apinhavam-se. Os que serviam aquela população sedenta não tinham mãos a medir entre o receber os euros e o servir alimentos, sem qualquer rodeio ou regra de higiene.
Retivemos a imagem dos papéis, dos sacos e dos copos plásticos, das beatas, das cascas dos tremoços, das embalagens dos gelados, da gordura dos cachorros, das bifanas, do chouriço à bombeiro, do algodão doce e das pipocas ou freiras, como aqui usam chamar... a porcaria era tanta que até custava acreditar como era possível haver tanto «badalhôco» e «badalhoca», ao ponto de ter havido quem tivesse urinado e defecar entre os carros estacionados.
Quem passou na Avenida junto à Rua da Alfândega, onde existe uma casa de banho pré-fabricada, com o cheiro pestilento e nauseabundo que pairava no ar, se tinha fome, no mínimo, perdeu o apetite de comer fosse o que fosse durante um bom par de horas!
É verdade que tamanha concentração de população produz toneladas de lixo, mas não é menos verdade que se as pessoas estivessem consciencializadas de que sujar e conspurcar a via pública é uma incivilidade, seria bem mais fácil a limpeza e a conservação da cidade limpa.
Recordamos aquilo que o nosso bom amigo Jorge Nascimento Cabral escreveu no ano passado sobre o assunto, alertando as consciências para tanta porcaria. Porém, fazendo das suas as nossas palavras, lamentavelmente, de ano para ano parece não ter limites a capacidade dos habitantes desta terra de conspurcarem os espaços públicos.
Nem o saber-se que as Festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres são cada vez mais um cartaz de visita desta ilha verdejante para os filhos que daqui partiram como para todos os outros...e os outros que, aguçados pela curiosidade e interesse aqui desembocam, parece ser suficiente para demover tamanha apetência pela sujidade.
No meio de tanto esterco e incivilidade não podemos deixar de destacar aquela criança com seis ou sete anos que, segurando na sua mãozita um guardanapo de papel, que serviu para proteger da sujidade das mãos o cone de bolacha baunilha do gelado, perante um chão pejado de lixo e uma papeleira de parede a abarrotar, pediu ao pai para a levantar no ar de modo a poder pôr o papelito amarrotado no sítio certo.
Foi atinente e ao mesmo tempo tranquilizador ver aquele gesto da nova geração, demonstrando uma grande sensibilidade para as questões ambientais que os mais velhos teimam em ignorar.
Esperamos que para o ano não seja ainda pior mas, pior do que isto, será indescritível!
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