O RETORNO À PARAGEM DO MINI-BUS!

Defendem os teóricos da Psicologia e das Ciências de Educação em geral que é tão importante reprovar e repreender um mau comportamento quanto saber elogiar e recompensar um bom comportamento.

Também nós acreditamos que assim deve ser, embora tendencialmente as crónicas e artigos de opinião na comunicação social tenham a particularidade de abordar sobretudo o negativo, o depreciativo e o impróprio. Temos tentado romper com tal tradição, motivo pelo qual já por diversas vezes escrevemos a elogiar algumas medidas e intervenções nos mais diferentes domínios, seguindo a racionalidade de elogiar o que houver para elogiar e reprovar sem rodeios o que deve ser reprovado.

Vem tudo isto a propósito da crónica aqui publicada há três semanas sobre uma paragem de autocarro, em alumínio e vidro para os utentes do mini-bus, colocada no passeio da Rua Teófilo Braga, em frente às antigas instalações das urgências do hospital, junto à rua que dá acesso à Doca, desrespeitando a legislação em vigor sobre as barreiras arquitectónicas que dificultam o acesso de pessoas com limitações físicas aos edifícios e à via pública em geral.

Dissemos nós que até estavam reunidas as condições em termos de cobertura e em termos de largura do passeio para que o equipamento fosse ali colocado, desde que tivesse sido colocado totalmente encostado ao muro ali existente ou totalmente encostado à berma do passeio, por forma a deixar os tais 120 centímetros impostos por lei para a livre circulação dos transeuntes, em vez de a terem colocado no meio do passeio.

Certo é que aqui demos conta do caso e esta semana, os mesmos indivíduos que colocaram a paragem há pouco mais de três semanas, deslocaram-se ao local e recolocaram a paragem no local onde deveria ter sido colocada desde o início. Em síntese, valeu a pena porque ficamos todos a ganhar!

A caminho de quatro anos que escrevemos neste jornal foram já várias as situações que denunciámos e que, coincidentemente ou não, foram resolvidas pouco tempo depois, demonstrando que vale a pena cada um de nós assumir uma atitude cívica e interventiva, devidamente fundamentada. Estamos certos de que, se todos cumprissem a sua parte e interviessem nos momentos oportunos, teríamos uma sociedade bem mais aprazível!

Em relação ao episódio da paragem do mini-bus, resta-nos felicitar quem de direito que, reconhecendo a falha, tomou a iniciativa de ordenar a rápida resolução do caso, fazendo respeitar as imposições legais...