«CHOVER NO MOLHADO!»
Tem chovido muito. É próprio da época, como é próprio quando chove muito dizer-se que chove no molhado. Confesso que antes de dar início a mais uma crónica hesitei entre “malhar” na ASAE (como está na moda) ou “chover noutro molhado” que é a “insegurança nos Açores”.
Reconheço ser muito mais fácil falar da ASAE visto que existe um consenso mais ou menos alargado de que aquela nova polícia, com competências de investigação criminal no âmbito da sua actuação, se tem excedido, revelando falta de bom senso. Até já o Presidente da República ironiza com a ameaça que constitui a ASAE!
Tal como me disse há dias um amigo meu: – sobre as coisas em que estamos de acordo, não há nada para discutir. Talvez por isso tenha optado por falar novamente da dita insegurança, correndo o risco de “dar mais para o mesmo peditório”!
Através da comunicação social, soube que fui referenciado na Assembleia Regional para demonstrar a desconformidade existente entre o meu discurso, as evidências estatísticas e o sentimento de insegurança que em termos opinativos é atribuído à população açoriana.
As opiniões não se discutem e o conhecimento científico apenas é refutável pelo conhecimento científico. Como para além das conclusões obtidas com os diferentes estudos que foram realizados até à data nos Açores sobre as questões da insegurança ninguém apresentou outros estudos científicos que demonstrem muitas das opiniões que por aí circulam e que são atribuídas ao que a população pensa, continuo a defender a razoabilidade e a lucidez na racionalidade.
Que eu saiba, quando falamos nos Açores, falamos em nove ilhas, portanto do ponto de vista criminal nove realidades diferentes. Dentro dessas nove ilhas podemos falar de 19 realidades diferentes apesar de uma ou outra semelhança. Logo qualquer caracterização generalista sobre insegurança nos Açores não é séria, não é objectiva, não é rigorosa. É falsa, é demagógica...
Dizem-nos as demonstrações internacionais que a exploração demagógica das questões da segurança pelas diferentes hostes políticas têm produzido mais dissabores que benefícios e infelizmente continua-se a “chafurdar nesse lamaçal”. Convém não esquecer que a pessoa que mais apologia fez do discurso securitário em Portugal acabou no pântano, com postos e esquadras policiais abertas por tudo quanto é sítio sem que isso se traduzisse numa melhoria da utilização dos recursos e na melhoria do sentimento de segurança das populações.
É natural que a minha posição desencadeie alguma desconfiança, mas contra os dados vertidos nos relatórios de segurança interna de 2004, 2005 e 2006, que foram republicados esta semana na comunicação social, sugere-se que se consultem os dados estatísticos da evolução da criminalidade em cada uma das ilhas e em cada um dos concelhos açorianos. De um momento para o outro, como num passo de mágica, só existe insegurança nos Açores e não importa que nos últimos anos a criminalidade tenha crescido quase exclusivamente numa ilha e à custa de dois ou três concelhos.
Entre os que tanto falam de insegurança nos Açores, quantos já tiveram a curiosidade de saber quantos são os concelhos e as ilhas onde a criminalidade nos últimos anos tem crescido?
Apesar de tudo percebo o porquê de algumas pessoas teimarem em não serem rigorosas, mas, por favor, não embrulhem ninguém em papel pardo!
Reconheço ser muito mais fácil falar da ASAE visto que existe um consenso mais ou menos alargado de que aquela nova polícia, com competências de investigação criminal no âmbito da sua actuação, se tem excedido, revelando falta de bom senso. Até já o Presidente da República ironiza com a ameaça que constitui a ASAE!
Tal como me disse há dias um amigo meu: – sobre as coisas em que estamos de acordo, não há nada para discutir. Talvez por isso tenha optado por falar novamente da dita insegurança, correndo o risco de “dar mais para o mesmo peditório”!
Através da comunicação social, soube que fui referenciado na Assembleia Regional para demonstrar a desconformidade existente entre o meu discurso, as evidências estatísticas e o sentimento de insegurança que em termos opinativos é atribuído à população açoriana.
As opiniões não se discutem e o conhecimento científico apenas é refutável pelo conhecimento científico. Como para além das conclusões obtidas com os diferentes estudos que foram realizados até à data nos Açores sobre as questões da insegurança ninguém apresentou outros estudos científicos que demonstrem muitas das opiniões que por aí circulam e que são atribuídas ao que a população pensa, continuo a defender a razoabilidade e a lucidez na racionalidade.
Que eu saiba, quando falamos nos Açores, falamos em nove ilhas, portanto do ponto de vista criminal nove realidades diferentes. Dentro dessas nove ilhas podemos falar de 19 realidades diferentes apesar de uma ou outra semelhança. Logo qualquer caracterização generalista sobre insegurança nos Açores não é séria, não é objectiva, não é rigorosa. É falsa, é demagógica...
Dizem-nos as demonstrações internacionais que a exploração demagógica das questões da segurança pelas diferentes hostes políticas têm produzido mais dissabores que benefícios e infelizmente continua-se a “chafurdar nesse lamaçal”. Convém não esquecer que a pessoa que mais apologia fez do discurso securitário em Portugal acabou no pântano, com postos e esquadras policiais abertas por tudo quanto é sítio sem que isso se traduzisse numa melhoria da utilização dos recursos e na melhoria do sentimento de segurança das populações.
É natural que a minha posição desencadeie alguma desconfiança, mas contra os dados vertidos nos relatórios de segurança interna de 2004, 2005 e 2006, que foram republicados esta semana na comunicação social, sugere-se que se consultem os dados estatísticos da evolução da criminalidade em cada uma das ilhas e em cada um dos concelhos açorianos. De um momento para o outro, como num passo de mágica, só existe insegurança nos Açores e não importa que nos últimos anos a criminalidade tenha crescido quase exclusivamente numa ilha e à custa de dois ou três concelhos.
Entre os que tanto falam de insegurança nos Açores, quantos já tiveram a curiosidade de saber quantos são os concelhos e as ilhas onde a criminalidade nos últimos anos tem crescido?
Apesar de tudo percebo o porquê de algumas pessoas teimarem em não serem rigorosas, mas, por favor, não embrulhem ninguém em papel pardo!
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