A DESERTIFICAÇÃO DO «INFERNO»
Muito se tem dito e escrito em torno do problema da desertificação da cidade de Ponta Delgada. Não é problema singular, aliás, é um problema comum a quase todas as cidades e com especial incidência nas cidades com maiores índices de desenvolvimento e que potenciam a especulação imobiliária.
No entanto, as causas de desertificação dos principais centros urbanos estão muito longe de se centrarem exclusivamente na especulação imobiliária daí que as promessas de um presidente ou candidato a presidente de uma câmara municipal, de ser capaz de inverter tal tendência, no campo da razoabilidade, não são sérias e não passam de meras intenções.
Sem dúvida que as questões económicas mais do que nunca passaram a ditar as regras e as opções ao nível do ordenamento do território, das relações sociais, da segurança e de tantas outras facetas ao ponto de determinadas opções não serem compatíveis com os resultados esperados.
Neste contexto, ao nível da desertificação, em bom rigor, são mais razoáveis as promessas de manter o actual quadro do que propriamente invertê-lo. Estamos, portanto, perante um plano inclinado. Tornou-se bem mais fácil que as decisões ao nível da gestão municipal contribuam para que os ainda residentes dos centros urbanos os abandonem em vez de os atraírem ou fixarem.
As cidades mais pujantes estão hoje mergulhadas na entropia e quase condenadas a que as intervenções desencadeadas a agravem sendo um fenómeno bem patente em Ponta Delgada. Por exemplo, quando se licencia um estabelecimento de diversão nocturna num centro urbano com o propósito de atrair frequentadores para esse centro, sem dúvida que facilmente se consegue, mas a entropia, ou seja, a desordem gerada em torno da utilização dos espaços públicos, materializada pelos actos de vandalismo e das perturbações ao nível do ruído, quase à mesma velocidade, afasta os ainda residentes nesses mesmos centros.
Quando com a complacência das entidades competentes restaurantes se transformam em discotecas e bares de diversão nocturna, em plenos centros urbanos, com horários de funcionamento até às 04H00 e 06H00 da manhã, transformando as noites dos moradores em autênticos infernos, como é que se mantêm povoados os centros das cidades? Quem é que consegue atrair moradores para habitar tais infernos?
No entanto, as causas de desertificação dos principais centros urbanos estão muito longe de se centrarem exclusivamente na especulação imobiliária daí que as promessas de um presidente ou candidato a presidente de uma câmara municipal, de ser capaz de inverter tal tendência, no campo da razoabilidade, não são sérias e não passam de meras intenções.
Sem dúvida que as questões económicas mais do que nunca passaram a ditar as regras e as opções ao nível do ordenamento do território, das relações sociais, da segurança e de tantas outras facetas ao ponto de determinadas opções não serem compatíveis com os resultados esperados.
Neste contexto, ao nível da desertificação, em bom rigor, são mais razoáveis as promessas de manter o actual quadro do que propriamente invertê-lo. Estamos, portanto, perante um plano inclinado. Tornou-se bem mais fácil que as decisões ao nível da gestão municipal contribuam para que os ainda residentes dos centros urbanos os abandonem em vez de os atraírem ou fixarem.
As cidades mais pujantes estão hoje mergulhadas na entropia e quase condenadas a que as intervenções desencadeadas a agravem sendo um fenómeno bem patente em Ponta Delgada. Por exemplo, quando se licencia um estabelecimento de diversão nocturna num centro urbano com o propósito de atrair frequentadores para esse centro, sem dúvida que facilmente se consegue, mas a entropia, ou seja, a desordem gerada em torno da utilização dos espaços públicos, materializada pelos actos de vandalismo e das perturbações ao nível do ruído, quase à mesma velocidade, afasta os ainda residentes nesses mesmos centros.
Quando com a complacência das entidades competentes restaurantes se transformam em discotecas e bares de diversão nocturna, em plenos centros urbanos, com horários de funcionamento até às 04H00 e 06H00 da manhã, transformando as noites dos moradores em autênticos infernos, como é que se mantêm povoados os centros das cidades? Quem é que consegue atrair moradores para habitar tais infernos?
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