PECADOS CAPITAIS
Todos acreditam que o país necessita de profundas mudanças e de desenvolvimento. Todos, ou melhor, quase todos reconhecem que apenas com muita força de vontade e de empenhamento colectivo será possível melhorar seja o que for!
As duas frases anteriores elevam-se à qualidade de dogmas e tirando um ou outro descrente ninguém ousa apresentar outra solução que não passe por ali, para a melhoria da justiça, do ensino, da administração pública em geral, em síntese, para a melhoria da sociedade cuja massa amorfa constituinte somos todos nós!
Até aqui também me revejo neste consenso alargado! Mas, na realidade, se não passarmos da teoria à prática de nada serve! Dito de outra forma, de que serve fazer a apologia da mudança e da inovação se sempre que alguém inconformado se desdobra em esforços para melhorar não encontra senão um mar de obstáculos e até guerras pessoais?
Na realidade, colectivamente as pessoas estão mais talhadas para o conformismo do que para a mudança e inovação, ainda que essa mesma inovação tenha como essência combater a desadequação e a falta de capacidade de resposta.
Do ponto de vista da lógica social e mesmo da lógica racional individual, era mais apropriado que as pessoas se envolvessem nos processos de mudança, demonstrando abertura para negociar, para propor sugestões, para fornecer contributos, capazes de enriquecer as propostas iniciais.
Dirão muitos: – tudo bem! mas para que tais mecanismos funcionem é fundamental a existência de disponibilidade, por parte de quem detém o poder de decisão, e abertura para ouvir, para negociar. É verdade! Todavia, se não houver tal abertura, é dever, é obrigação de todos quantos fazem parte das colectividades através da poderosíssima arma da assertividade desencadear junto dos detentores do poder abertura para negociar.
Estou convencido, e até que alguém me demonstre o contrário, que a nossa postura colectiva resulta sobretudo de algo mais forte que sobre nós pende, como se fosse uma herança genética desta nação que nasceu de um incidente de violência doméstica em que o filho, com a força da espada, escorraçou de casa a mãe.
Somos uma sociedade profundamente marcada pelos sete pecados capitais que nos agarram a um ancoradouro que nos corrói e contorce por dentro e por fora. Rui Zink, no seu livro «Luto pela Felicidade dos Portugueses», faz a apologia da inveja, o maior de todos os pecados capitais, defendendo que é legítimo termos inveja dos outros desde que essa inveja seja um motor de mobilização em nós para conseguirmos colher os frutos que os outros colhem como resultado do respectivo empenhamento e dedicação.
Estou totalmente de acordo, até porque, como me ensinou o meu avô com aquela sabedoria rude do Marão: «Árvore que não dá frutos ninguém lhe atira pedras», mas a inveja de que nos fala Rui Zink só consegue produzir tal efeito se não houver preguiça e houver ambição! Mas infelizmente o que continua a caracterizar muitas das nossas gentes é a preguiça e a falta de ambição...
As duas frases anteriores elevam-se à qualidade de dogmas e tirando um ou outro descrente ninguém ousa apresentar outra solução que não passe por ali, para a melhoria da justiça, do ensino, da administração pública em geral, em síntese, para a melhoria da sociedade cuja massa amorfa constituinte somos todos nós!
Até aqui também me revejo neste consenso alargado! Mas, na realidade, se não passarmos da teoria à prática de nada serve! Dito de outra forma, de que serve fazer a apologia da mudança e da inovação se sempre que alguém inconformado se desdobra em esforços para melhorar não encontra senão um mar de obstáculos e até guerras pessoais?
Na realidade, colectivamente as pessoas estão mais talhadas para o conformismo do que para a mudança e inovação, ainda que essa mesma inovação tenha como essência combater a desadequação e a falta de capacidade de resposta.
Do ponto de vista da lógica social e mesmo da lógica racional individual, era mais apropriado que as pessoas se envolvessem nos processos de mudança, demonstrando abertura para negociar, para propor sugestões, para fornecer contributos, capazes de enriquecer as propostas iniciais.
Dirão muitos: – tudo bem! mas para que tais mecanismos funcionem é fundamental a existência de disponibilidade, por parte de quem detém o poder de decisão, e abertura para ouvir, para negociar. É verdade! Todavia, se não houver tal abertura, é dever, é obrigação de todos quantos fazem parte das colectividades através da poderosíssima arma da assertividade desencadear junto dos detentores do poder abertura para negociar.
Estou convencido, e até que alguém me demonstre o contrário, que a nossa postura colectiva resulta sobretudo de algo mais forte que sobre nós pende, como se fosse uma herança genética desta nação que nasceu de um incidente de violência doméstica em que o filho, com a força da espada, escorraçou de casa a mãe.
Somos uma sociedade profundamente marcada pelos sete pecados capitais que nos agarram a um ancoradouro que nos corrói e contorce por dentro e por fora. Rui Zink, no seu livro «Luto pela Felicidade dos Portugueses», faz a apologia da inveja, o maior de todos os pecados capitais, defendendo que é legítimo termos inveja dos outros desde que essa inveja seja um motor de mobilização em nós para conseguirmos colher os frutos que os outros colhem como resultado do respectivo empenhamento e dedicação.
Estou totalmente de acordo, até porque, como me ensinou o meu avô com aquela sabedoria rude do Marão: «Árvore que não dá frutos ninguém lhe atira pedras», mas a inveja de que nos fala Rui Zink só consegue produzir tal efeito se não houver preguiça e houver ambição! Mas infelizmente o que continua a caracterizar muitas das nossas gentes é a preguiça e a falta de ambição...
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