ADAPTAÇÃO À EVOLUÇÃO
É difícil encontrar fenómeno com tamanha capacidade de transformação e adaptação à evolução e desenvolvimento social como a criminalidade. Quando a satisfação de necessidades básicas constitui uma prioridade, os crimes relacionados com a obtenção de alimentos são os mais frequentes, mas satisfeitas essas necessidades as prioridades passam a ser as pertencentes ao patamar de satisfação seguinte.
Ao nível das práticas e modos de actuação criminal, assistimos a um fenómeno precisamente idêntico. Ou seja, o propenso criminoso age em função das oportunidades de modo a reduzir o esforço e a aumentar o proveito.
As duas premissas descritas a par de uma terceira que se prende com a própria natureza humana, de predisposição para violar as normas e subverter as leis, são a demonstração de que a espécie humana está condenada a conviver eternamente com o crime embora tal como no passado tudo procurará fazer para o evitar.
Como a história nos ensinou, as sociedades apenas agem quando a situação se começa a tornar insuportável. Os criminosos tenderão a levar sempre vantagem, pois são eles quem em primeira-mão se aproveitam dos mecanismos e instrumentos disponíveis para os empregar na prática criminal e só depois as sociedades e as forças policiais avançam no sentido de os combater.
Perante tais factos nada é mais frustrante para quem faz da segurança o ganha-pão que constatar o facto de os meios ultilizados para combater os criminosos estarem sempre aquém dos meios utilizados pelos criminosos. E o mais curioso é que dentro das sociedades encontramos sempre pessoas, e algumas com grandes responsabilidades, dispostas a tudo fazerem para que as polícias não disponham de meios e técnicas que as tornem mais eficientes no controlo da criminalidade.
Veja-se o caso da vídeovigilância. Há mais de dez anos que andamos a ouvir desculpas para que as Polícias não as possam utilizar. Foram necessárias as mortes ocorridas no Porto ligadas à segurança privada e à diversão nocturna, para, com «as calças na mão», uma série de políticos virem a terreiro garantir que vão avançar com a vídeovigilância. Pena é que ao longo destes anos não tenhamos evitado milhares de crimes entretanto praticados.
Veja-se a dificuldade existente ao nível da criação de bases de dados com elementos identificativos que facilitem a investigação criminal. Veja-se a dificuldade existente ao nível da troca de informação… Tudo isto para não se falar nas dificuldades tantas vezes ao nível da comunicação e de estratégias conjuntas entre autarquias e forças policiais para se rentabilizar a segurança.
Neste país, em matéria de segurança criminal, há casos paradigmáticos, mesmo dignos de serem intitulados case studies ao nível do que não deve ser feito. Todos se dizem sempre muito preocupados com o problema, mas lá no fundo ninguém aceita dar um passo em frente, todos se vão adaptando e conformando pelo menos até que a situação se torne insustentável. De resto, os do costume que resolvam o problema!
Ao nível das práticas e modos de actuação criminal, assistimos a um fenómeno precisamente idêntico. Ou seja, o propenso criminoso age em função das oportunidades de modo a reduzir o esforço e a aumentar o proveito.
As duas premissas descritas a par de uma terceira que se prende com a própria natureza humana, de predisposição para violar as normas e subverter as leis, são a demonstração de que a espécie humana está condenada a conviver eternamente com o crime embora tal como no passado tudo procurará fazer para o evitar.
Como a história nos ensinou, as sociedades apenas agem quando a situação se começa a tornar insuportável. Os criminosos tenderão a levar sempre vantagem, pois são eles quem em primeira-mão se aproveitam dos mecanismos e instrumentos disponíveis para os empregar na prática criminal e só depois as sociedades e as forças policiais avançam no sentido de os combater.
Perante tais factos nada é mais frustrante para quem faz da segurança o ganha-pão que constatar o facto de os meios ultilizados para combater os criminosos estarem sempre aquém dos meios utilizados pelos criminosos. E o mais curioso é que dentro das sociedades encontramos sempre pessoas, e algumas com grandes responsabilidades, dispostas a tudo fazerem para que as polícias não disponham de meios e técnicas que as tornem mais eficientes no controlo da criminalidade.
Veja-se o caso da vídeovigilância. Há mais de dez anos que andamos a ouvir desculpas para que as Polícias não as possam utilizar. Foram necessárias as mortes ocorridas no Porto ligadas à segurança privada e à diversão nocturna, para, com «as calças na mão», uma série de políticos virem a terreiro garantir que vão avançar com a vídeovigilância. Pena é que ao longo destes anos não tenhamos evitado milhares de crimes entretanto praticados.
Veja-se a dificuldade existente ao nível da criação de bases de dados com elementos identificativos que facilitem a investigação criminal. Veja-se a dificuldade existente ao nível da troca de informação… Tudo isto para não se falar nas dificuldades tantas vezes ao nível da comunicação e de estratégias conjuntas entre autarquias e forças policiais para se rentabilizar a segurança.
Neste país, em matéria de segurança criminal, há casos paradigmáticos, mesmo dignos de serem intitulados case studies ao nível do que não deve ser feito. Todos se dizem sempre muito preocupados com o problema, mas lá no fundo ninguém aceita dar um passo em frente, todos se vão adaptando e conformando pelo menos até que a situação se torne insustentável. De resto, os do costume que resolvam o problema!
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