SUGESTÃO INSÓLITA!
Vem aí o Dia do Pai. A três dias de distância, talvez faça todo o sentido escrever sobre o assunto, fazendo uma ou outra sugestão para a melhor forma de comemorar a data.
Devo confessar que a decisão de escrever esta crónica se ficou a dever à chamada de atenção de um amigo para o facto de um estabelecimento comercial em Ponta Delgada ter apresentado uma sugestão insólita (insólita é, no mínimo, como se pode classificar a iniciativa) aos seus clientes para lembrar o Dia do Pai.
De certa forma é tradição, no sector do comércio, em tais datas, definirem-se estratégias para se rentabilizarem as vendas e, obviamente, os ganhos. Quanto a isto, nada a dizer. É como diz o outro: só embarca quem quer! Nesta onda de normalidade, destaca-se, sem margem para dúvidas, a estratégia do tal estabelecimento comercial, cujo nome não revelo, para que não seja produzido um efeito contrário ao esperado, por ter decidido, para comemoração do Dia do Pai, sugerir aos “filhos” na condição de clientes que ofereçam uma garrafa de whisky aos respectivos pais.
Acredito plenamente que quem teve a ideia da realização da proposta/campanha promocional não o fez por mal. Nada mais terá sido do que um ímpeto comercial legítimo para aumentar o volume de vendas, ou até, quem sabe, para escoar um produto que estava a ocupar espaço em armazém, há demasiado tempo.
Os mais recentes estudos, a nível nacional e no âmbito do observatório europeu, dão conta de estar a diminuir a propensão para o consumo de bebidas alcoólicas, tabaco e drogas em geral. O Dr. Pires de Lima, na qualidade de Administrador da UNICER, assumiu a quebra na venda de cerveja, no ano de 2007, e admitiu a possibilidade de serem lançados novos produtos, como a cerveja sem álcool, para recuperar a quota de mercado perdida.
Tudo indica que a mensagem está a passar. As sistemáticas referências nos órgãos de comunicação social, as campanhas de sensibilização e os esforços desenvolvidos pelo sector do ensino parecem estar a dar resultado, embora as necessidades apontem para uma longa caminhada a percorrer.
Por acreditar que se trata de uma caminhada que tem de ser percorrida em conjunto, até porque no grupo etário inferior aos 15 anos os consumos referidos continuam a crescer, não podemos dar tréguas nesta luta. Por isso estamos aqui a lamentar a acção denunciada e a recordar a todos quantos se dedicam à comercialização que para além da legítima aspiração pelo lucro têm uma função social a cumprir. Quando se sugere que um filho/a ofereça uma garrafa de whisky ao seu pai, no seu dia, não me parece que seja a prenda mais oportuna. Sabendo-se o que se sabe sobre o consumo de bebidas alcoólicas, só podemos dizer que a estratégia revela falta de sensibilidade!
Se não sabe como comemorar o Dia do Pai fica aqui uma proposta simples que vale bem mais que qualquer outra oferta. Aborde o seu pai, dê-lhe um abraço e um beijo e prometa-lhe tudo fazer para que seja sempre feliz, simplesmente porque é o melhor pai do mundo. Porque, acima de tudo, é o seu pai!
Um feliz Dia do Pai!
Devo confessar que a decisão de escrever esta crónica se ficou a dever à chamada de atenção de um amigo para o facto de um estabelecimento comercial em Ponta Delgada ter apresentado uma sugestão insólita (insólita é, no mínimo, como se pode classificar a iniciativa) aos seus clientes para lembrar o Dia do Pai.
De certa forma é tradição, no sector do comércio, em tais datas, definirem-se estratégias para se rentabilizarem as vendas e, obviamente, os ganhos. Quanto a isto, nada a dizer. É como diz o outro: só embarca quem quer! Nesta onda de normalidade, destaca-se, sem margem para dúvidas, a estratégia do tal estabelecimento comercial, cujo nome não revelo, para que não seja produzido um efeito contrário ao esperado, por ter decidido, para comemoração do Dia do Pai, sugerir aos “filhos” na condição de clientes que ofereçam uma garrafa de whisky aos respectivos pais.
Acredito plenamente que quem teve a ideia da realização da proposta/campanha promocional não o fez por mal. Nada mais terá sido do que um ímpeto comercial legítimo para aumentar o volume de vendas, ou até, quem sabe, para escoar um produto que estava a ocupar espaço em armazém, há demasiado tempo.
Os mais recentes estudos, a nível nacional e no âmbito do observatório europeu, dão conta de estar a diminuir a propensão para o consumo de bebidas alcoólicas, tabaco e drogas em geral. O Dr. Pires de Lima, na qualidade de Administrador da UNICER, assumiu a quebra na venda de cerveja, no ano de 2007, e admitiu a possibilidade de serem lançados novos produtos, como a cerveja sem álcool, para recuperar a quota de mercado perdida.
Tudo indica que a mensagem está a passar. As sistemáticas referências nos órgãos de comunicação social, as campanhas de sensibilização e os esforços desenvolvidos pelo sector do ensino parecem estar a dar resultado, embora as necessidades apontem para uma longa caminhada a percorrer.
Por acreditar que se trata de uma caminhada que tem de ser percorrida em conjunto, até porque no grupo etário inferior aos 15 anos os consumos referidos continuam a crescer, não podemos dar tréguas nesta luta. Por isso estamos aqui a lamentar a acção denunciada e a recordar a todos quantos se dedicam à comercialização que para além da legítima aspiração pelo lucro têm uma função social a cumprir. Quando se sugere que um filho/a ofereça uma garrafa de whisky ao seu pai, no seu dia, não me parece que seja a prenda mais oportuna. Sabendo-se o que se sabe sobre o consumo de bebidas alcoólicas, só podemos dizer que a estratégia revela falta de sensibilidade!
Se não sabe como comemorar o Dia do Pai fica aqui uma proposta simples que vale bem mais que qualquer outra oferta. Aborde o seu pai, dê-lhe um abraço e um beijo e prometa-lhe tudo fazer para que seja sempre feliz, simplesmente porque é o melhor pai do mundo. Porque, acima de tudo, é o seu pai!
Um feliz Dia do Pai!
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home