UM HOMEM ARREPENDIDO!
Na semana que agora termina, correu mundo uma fotografia do presidente norte-americano, George W. Bush, com as lágrimas a correrem-lhe pela face de comoção, durante uma homenagem de entrega da Medalha de Honra, a título póstumo, a um dos mais de quatro mil soldados americanos mortos no Iraque.
Quem não soubesse de tudo quanto esteve na base do início da guerra com o Iraque e de quem foi o principal obreiro de toda a carnificina a que ali em directo temos assistido e sem fim à vista, por uma simples fracção de segundo até poderia pensar que o homem tomou consciência do erro que cometeu!
Na realidade, a invasão do Iraque foi um erro colossal e com repercussões em cadeia em todo o Mundo; para além das centenas de milhares de vidas de iraquianos e de soldados aliados sacrificadas e dos milhões de famílias directamente afectadas, tudo resultou ao contrário do previamente esperado e anunciado, não havendo por isso lágrimas que apaguem ou suavizem a dor de tantas e tantas pessoas.
Se a escassez de petróleo foi uma das justificações para o ataque ao Iraque, obviamente não assumida, o Mundo está a pagar uma factura cujo montante nela inscrito ninguém em rigor foi capaz de prever. Do preço dos combustíveis, passando pelo preço dos cereais, além de afectar praticamente todos, foram e são, como sempre, os mais pobres os mais atingidos. Por tudo isto não há lágrimas que apaguem ou atenuem seja o que for.
Todavia, era conveniente que as imagens dos martirizados e estropiados no Iraque também fizessem George Bush chorar. Era conveniente que as imagens dos prisioneiros de Abu Ghraib ou de Guantánamo também fizessem George Bush chorar. Era conveniente que os ódios multiplicados e alimentados contra os americanos, por tantos paradoxos e contradições também fizessem George Bush chorar.
Seria, isso sim, uma demonstração de arrependimento que de uma vez por todas abandonasse o ideal da supremacia e respeitasse o Direito Internacional. Que reconhecesse o erro das políticas norte-americanas em matéria ambiental. Que reconhecesse o Tribunal Penal Internacional deixando-se de demagogias.
A imagem de George Bush a chorar pode ter sensibilizado a família do soldado homenageado, até pode ter impressionado alguns americanos, mas aquela imagem não tem poder para impressionar a opinião pública internacional, porque todos sabem quem é o primeiro responsável pelo facto de hoje o Mundo, cinco anos depois, estar muito pior do que antes da guerra do Iraque, mas muito pior mesmo sobretudo para os iraquianos e para o Médio Oriente.
Quem não soubesse de tudo quanto esteve na base do início da guerra com o Iraque e de quem foi o principal obreiro de toda a carnificina a que ali em directo temos assistido e sem fim à vista, por uma simples fracção de segundo até poderia pensar que o homem tomou consciência do erro que cometeu!
Na realidade, a invasão do Iraque foi um erro colossal e com repercussões em cadeia em todo o Mundo; para além das centenas de milhares de vidas de iraquianos e de soldados aliados sacrificadas e dos milhões de famílias directamente afectadas, tudo resultou ao contrário do previamente esperado e anunciado, não havendo por isso lágrimas que apaguem ou suavizem a dor de tantas e tantas pessoas.
Se a escassez de petróleo foi uma das justificações para o ataque ao Iraque, obviamente não assumida, o Mundo está a pagar uma factura cujo montante nela inscrito ninguém em rigor foi capaz de prever. Do preço dos combustíveis, passando pelo preço dos cereais, além de afectar praticamente todos, foram e são, como sempre, os mais pobres os mais atingidos. Por tudo isto não há lágrimas que apaguem ou atenuem seja o que for.
Todavia, era conveniente que as imagens dos martirizados e estropiados no Iraque também fizessem George Bush chorar. Era conveniente que as imagens dos prisioneiros de Abu Ghraib ou de Guantánamo também fizessem George Bush chorar. Era conveniente que os ódios multiplicados e alimentados contra os americanos, por tantos paradoxos e contradições também fizessem George Bush chorar.
Seria, isso sim, uma demonstração de arrependimento que de uma vez por todas abandonasse o ideal da supremacia e respeitasse o Direito Internacional. Que reconhecesse o erro das políticas norte-americanas em matéria ambiental. Que reconhecesse o Tribunal Penal Internacional deixando-se de demagogias.
A imagem de George Bush a chorar pode ter sensibilizado a família do soldado homenageado, até pode ter impressionado alguns americanos, mas aquela imagem não tem poder para impressionar a opinião pública internacional, porque todos sabem quem é o primeiro responsável pelo facto de hoje o Mundo, cinco anos depois, estar muito pior do que antes da guerra do Iraque, mas muito pior mesmo sobretudo para os iraquianos e para o Médio Oriente.
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