PACIFICAÇÃO POLICIAL....
Quem no futuro fizer a história das Polícias em Portugal, sobretudo na última década, vai chegar à conclusão que as Polícias não viveram tempos fáceis. Foram, sem dúvida, períodos de profundas indefinições em que a gestão de rotinas foi o principal critério de actuação.
Após a alteração das leis orgânicas que permitiram a democratização do acesso à chefia de cada uma das Polícias, podendo ser nomeados para directores pessoas dentro das respectivas instituições ou exteriores àquelas tendo em conta os currículos individuais, os sucessivos governos deram primazia a pessoas estranhas às instituições.
As sobejas demonstrações dizem-nos que as escolhas nem sempre foram as acertadas e muitas delas muito pouco trouxeram de inovador. Algumas delas fizeram-nos questionar o mérito dos visados em que a questão da confiança política se apresentou, no campo da racionalidade, como a única justificação!
Cremos que fruto das consequências das opções descritas as Polícias trilharam os seus percursos que culminaram com um acontecimento histórico em Portugal! Pela primeira vez na história das Polícias, Serviços de Estrangeiros e Fronteiras, Polícia de Segurança Pública e Polícia Judiciária, em simultâneo, passaram a ser chefiadas por pessoas encontradas dentro das próprias instituições.
A leitura de tal acontecimento poderá ser considerada irrelevante para os mais desatentos, todavia o alcance poderá ser bem maior do que a vista alcança. Não tenho dúvidas que o esforço de se ter encontrado tais soluções espelhou uma consciencialização da classe política para o facto de ser necessário algo diferente visto que o modelo seguido com a nomeação de Magistrados Judiciais ou do Ministério Público se encontrava esgotado e muito pouco enriqueceu as Polícias.
Entendo que as pessoas encontradas dentro das instituições, conhecedoras das respectivas culturas e dos mecanismos internos de articulação, poderão constituir uma mais valia para a reorganização respectiva potenciando e rentabilizando outras pessoas dentro das instituições.
Neste contexto, as últimas nomeações ao nível das chefias policiais poderão ter contribuído para uma certa sensação de apaziguamento. No entanto, os problemas policiais, em Portugal, estão muito longe de se esgotarem com a simples questão das chefias policiais.
É fulcral que o poder político tenha coragem e esteja disposto a incrementar uma estratégia de reorganização policial que assente em três vectores: a motivação; a especialização; a troca de informação. Até lá havemos de continuar a assistir à pura gestão de rotinas sem qualquer perspectiva a médio e a longo prazo!
Após a alteração das leis orgânicas que permitiram a democratização do acesso à chefia de cada uma das Polícias, podendo ser nomeados para directores pessoas dentro das respectivas instituições ou exteriores àquelas tendo em conta os currículos individuais, os sucessivos governos deram primazia a pessoas estranhas às instituições.
As sobejas demonstrações dizem-nos que as escolhas nem sempre foram as acertadas e muitas delas muito pouco trouxeram de inovador. Algumas delas fizeram-nos questionar o mérito dos visados em que a questão da confiança política se apresentou, no campo da racionalidade, como a única justificação!
Cremos que fruto das consequências das opções descritas as Polícias trilharam os seus percursos que culminaram com um acontecimento histórico em Portugal! Pela primeira vez na história das Polícias, Serviços de Estrangeiros e Fronteiras, Polícia de Segurança Pública e Polícia Judiciária, em simultâneo, passaram a ser chefiadas por pessoas encontradas dentro das próprias instituições.
A leitura de tal acontecimento poderá ser considerada irrelevante para os mais desatentos, todavia o alcance poderá ser bem maior do que a vista alcança. Não tenho dúvidas que o esforço de se ter encontrado tais soluções espelhou uma consciencialização da classe política para o facto de ser necessário algo diferente visto que o modelo seguido com a nomeação de Magistrados Judiciais ou do Ministério Público se encontrava esgotado e muito pouco enriqueceu as Polícias.
Entendo que as pessoas encontradas dentro das instituições, conhecedoras das respectivas culturas e dos mecanismos internos de articulação, poderão constituir uma mais valia para a reorganização respectiva potenciando e rentabilizando outras pessoas dentro das instituições.
Neste contexto, as últimas nomeações ao nível das chefias policiais poderão ter contribuído para uma certa sensação de apaziguamento. No entanto, os problemas policiais, em Portugal, estão muito longe de se esgotarem com a simples questão das chefias policiais.
É fulcral que o poder político tenha coragem e esteja disposto a incrementar uma estratégia de reorganização policial que assente em três vectores: a motivação; a especialização; a troca de informação. Até lá havemos de continuar a assistir à pura gestão de rotinas sem qualquer perspectiva a médio e a longo prazo!
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