LABORATÓRIO SEXUAL
Um laboratório de investigação em sexualidade humana ligado à Universidade de Aveiro resolveu fazer um estudo sobre os comportamentos sexuais das pessoas. Para tal resolveu anunciar a necessidade de dispor da colaboração de 100 voluntários, dos quais 50 homens e 50 mulheres com idades compreendidas entre os 18 e os 50 anos.
Tendo em conta que a sexualidade a par da morte constitui o agrupamento dos dois maiores tabus da humanidade os quais, de forma paradoxal, estão intrinsecamente ligados, porque não há morte sem vida e não há vida sem sexo, talvez por isso a ideia tenha despertado o interesse em massa da comunicação social a avaliar pela ampla divulgação.
A segunda-feira última foi o dia escolhido pelo laboratório para aceitação das candidaturas de voluntários para participarem na dita experiência. Curiosamente ainda durante a referida segunda-feira foi divulgado, pela mesma comunicação social que divulgou a iniciativa, que não valia a pena mais ninguém se candidatar porque já todas as vagas estavam preenchidas!
Fui forçado a pensar no que teria levado tantas pessoas em tão pouco tempo a aderir a tal projecto. Ocorreram-me milhares de justificações, mas obviamente nenhuma validada cientificamente, porque, como o estudo é inédito, é evidente que nunca ninguém estudou o motivo de tantas pessoas estarem disponíveis para participar como voluntários em experiências de cariz sexual…
Ainda que correndo o risco de meramente estar a especular, o quadro de motivações além da mera satisfação sexual associada em primeiro lugar ao prazer que a todos agrada, com tantas invocações a apontar para a crise económica como justificação, também não me ocorre nada melhor. Ao mesmo tempo e sem que seja incongruente ocorreu-me que foi encontrada uma solução pelo menos para minorar o impacto da crise.
Assim, em nome do avanço científico e do choque tecnológico, é conveniente que se promulgue de imediato um decreto-lei que incentive a multiplicação de projectos similares ao desenvolvido pela Universidade de Aveiro, traçando como meta a ocupação dos cerca de cinco milhões de portugueses de ambos os sexos com idade compreendidas entre os 18 e 50 anos.
É muito provável que de tão ocupadas as pessoas deixem de se preocupar com a crise e de culpabilizar o governo!
Tendo em conta que a sexualidade a par da morte constitui o agrupamento dos dois maiores tabus da humanidade os quais, de forma paradoxal, estão intrinsecamente ligados, porque não há morte sem vida e não há vida sem sexo, talvez por isso a ideia tenha despertado o interesse em massa da comunicação social a avaliar pela ampla divulgação.
A segunda-feira última foi o dia escolhido pelo laboratório para aceitação das candidaturas de voluntários para participarem na dita experiência. Curiosamente ainda durante a referida segunda-feira foi divulgado, pela mesma comunicação social que divulgou a iniciativa, que não valia a pena mais ninguém se candidatar porque já todas as vagas estavam preenchidas!
Fui forçado a pensar no que teria levado tantas pessoas em tão pouco tempo a aderir a tal projecto. Ocorreram-me milhares de justificações, mas obviamente nenhuma validada cientificamente, porque, como o estudo é inédito, é evidente que nunca ninguém estudou o motivo de tantas pessoas estarem disponíveis para participar como voluntários em experiências de cariz sexual…
Ainda que correndo o risco de meramente estar a especular, o quadro de motivações além da mera satisfação sexual associada em primeiro lugar ao prazer que a todos agrada, com tantas invocações a apontar para a crise económica como justificação, também não me ocorre nada melhor. Ao mesmo tempo e sem que seja incongruente ocorreu-me que foi encontrada uma solução pelo menos para minorar o impacto da crise.
Assim, em nome do avanço científico e do choque tecnológico, é conveniente que se promulgue de imediato um decreto-lei que incentive a multiplicação de projectos similares ao desenvolvido pela Universidade de Aveiro, traçando como meta a ocupação dos cerca de cinco milhões de portugueses de ambos os sexos com idade compreendidas entre os 18 e 50 anos.
É muito provável que de tão ocupadas as pessoas deixem de se preocupar com a crise e de culpabilizar o governo!
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