COMO SE PODE CONTINUAR A ACREDITAR?
Um olhar atento sobre o que tem sido publicado através dos diferentes órgãos de comunicação social não deixa do Estado uma imagem tranquilizadora. Diria mesmo que entre aqueles que levam a vida a sério, sob pena de entrarem numa depressão, é aconselhável manterem-se à margem de tanta chafurdice.
Na nossa história recente, pelo menos daquela que povoa a nossa memória, sem dúvida que todos possuímos recordações de períodos marcantes, mas o que se está a viver na actualidade são prenúncios da mais profunda necessidade de refundação.
O sector económico do país, a viver uma grave recessão, definha, e o sector financeiro, com quebras acentuadas ao nível das receitas, indiciam que, no final do ano de 2009, teremos um deficit superior ao previsto pelo Banco de Portugal para o ano de 2005 e na altura considerado escandaloso.
As taxas de desemprego galopantes, segundo alguns claramente nos 10%, segundo outros, umas décimas mais abaixo na casa dos 9%, não fazem adivinhar perspectivas de inversão da tendência e indiciam mesmo a possibilidade de agravamento até final do ano.
O sector bancário, por incompetência de administradores e supervisores, vive um dos períodos mais conturbados com centenas de pessoas às portas das instituições a reclamar os créditos resultantes das poupanças de vidas inteiras, dá sinais de uma intranquilidade crescente em total oposição à tão ambicionada acalmia.
O sector do ensino, depois de experiências com pseudo-reformas sucessivas, que provocaram um profundo desinteresse e desmotivação, com índices de conflitualidade entre toda uma classe docente, vive dias de agitação que nem as encenações estatísticas conseguem atenuar.
O sector da saúde, com um deficit monstruoso, com listas de espera intermináveis, teima em demonstrar que não há reforma que lhe valha.
O sector da justiça, a braços com a mais profunda crise de credibilidade na sociedade portuguesa, fruto da constante incapacidade para lidar com processos à margem do trivial em que o inconclusivo e o arquivamento sucessivo de processos são a mais pura e acabada demonstração, vive uma situação gritante. Por outro lado, entre as polícias, fruto de manipulações corporativistas, é evidente a incapacidade do Estado para as reestruturar apesar dos péssimos indicadores custo/produtividade (não fosse a sagacidade de há um ano atrás ter sido colocado um homem de carreira à frente de cada uma delas, talvez hoje não as tivéssemos só a ameaçar entregar os chapéus ao Primeiro-Ministro).
Perante tudo isto temos uma classe política que, diariamente, se apedreja na praça pública numa contenda que nem os gladiadores romanos fariam melhor, transpirando incompetência, durante um ano nem sequer conseguiu eleger um Provedor de Justiça. Perante tudo isto, como fugir da depressão colectiva? Como se pode continuar a acreditar?
O melhor talvez seja mesmo ir de férias! Então, boas férias…
Na nossa história recente, pelo menos daquela que povoa a nossa memória, sem dúvida que todos possuímos recordações de períodos marcantes, mas o que se está a viver na actualidade são prenúncios da mais profunda necessidade de refundação.
O sector económico do país, a viver uma grave recessão, definha, e o sector financeiro, com quebras acentuadas ao nível das receitas, indiciam que, no final do ano de 2009, teremos um deficit superior ao previsto pelo Banco de Portugal para o ano de 2005 e na altura considerado escandaloso.
As taxas de desemprego galopantes, segundo alguns claramente nos 10%, segundo outros, umas décimas mais abaixo na casa dos 9%, não fazem adivinhar perspectivas de inversão da tendência e indiciam mesmo a possibilidade de agravamento até final do ano.
O sector bancário, por incompetência de administradores e supervisores, vive um dos períodos mais conturbados com centenas de pessoas às portas das instituições a reclamar os créditos resultantes das poupanças de vidas inteiras, dá sinais de uma intranquilidade crescente em total oposição à tão ambicionada acalmia.
O sector do ensino, depois de experiências com pseudo-reformas sucessivas, que provocaram um profundo desinteresse e desmotivação, com índices de conflitualidade entre toda uma classe docente, vive dias de agitação que nem as encenações estatísticas conseguem atenuar.
O sector da saúde, com um deficit monstruoso, com listas de espera intermináveis, teima em demonstrar que não há reforma que lhe valha.
O sector da justiça, a braços com a mais profunda crise de credibilidade na sociedade portuguesa, fruto da constante incapacidade para lidar com processos à margem do trivial em que o inconclusivo e o arquivamento sucessivo de processos são a mais pura e acabada demonstração, vive uma situação gritante. Por outro lado, entre as polícias, fruto de manipulações corporativistas, é evidente a incapacidade do Estado para as reestruturar apesar dos péssimos indicadores custo/produtividade (não fosse a sagacidade de há um ano atrás ter sido colocado um homem de carreira à frente de cada uma delas, talvez hoje não as tivéssemos só a ameaçar entregar os chapéus ao Primeiro-Ministro).
Perante tudo isto temos uma classe política que, diariamente, se apedreja na praça pública numa contenda que nem os gladiadores romanos fariam melhor, transpirando incompetência, durante um ano nem sequer conseguiu eleger um Provedor de Justiça. Perante tudo isto, como fugir da depressão colectiva? Como se pode continuar a acreditar?
O melhor talvez seja mesmo ir de férias! Então, boas férias…
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