É PRECISO GOLPEAR PARA SABER SE SANGRA?
Sem querer insultar ninguém, até porque desde muito cedo aprendi que todas as opiniões são respeitáveis, por maiores que sejam os disparates, confesso que tenho alguma dificuldade em aceitar que alguns putativos intelectuais defendam a liberalização das drogas.
Não há nenhum Estado à face da terra que tenha arriscado, mas por vezes invade-me um sentimento de frustração por não existir um espaço geográfico ainda que limitado no tempo capaz de permitir que tais defensores pudessem viver onde as polícias não tinham qualquer autoridade nem sequer andavam armadas e as pessoas eram livres de consumir as substâncias que quisessem.
Não consigo imaginar nada que não fosse o que está para além do Leviatã de Hobbes em que o homem seria o predador do próprio homem. Será que alguém seria suficientemente forte que ousasse ali viver? Creio que não!
Não custa nada dizer-se umas coisas para alegrar a malta em particular para atrair a simpatia de determinados nichos da sociedade. Na realidade é bem mais fácil construir-se cenários idílicos do que materializar ideais e veja-se o que está a acontecer na Holanda, conhecido como sendo o país do mundo que foi mais longe nesta matéria.
Depois de em 1976 ter sido legalizada a comercialização de cannabis em pequenas quantidades, o governo local, devido a problemas de ordem criminal referenciados, está a ponderar a introdução de mecanismos de controlo de vendas através de cartões para que apenas membros dos conhecidos «coffee shops» que comercializam a substância tenham acesso a ela.
Portanto aquela ideia da liberdade total e do à-vontade é o extremo oposto à ordem e segurança e convém não esquecer tal evidência. Como é sabido, a comercialização e o consumo de álcool, em Portugal, é livre enquanto a comercialização das denominadas drogas ilícitas é crime e o seu consumo constitui contra-ordenação. O resultado em termos estatísticos é possuirmos a nível nacional cerca de um milhão de alcoólicos e cem mil dependentes de drogas. Se preferirem, nos Açores, possuirmos trinta mil alcoólicos e cinco mil dependentes de drogas.
Como sobejamente têm demonstrado as experiências, a facilitação do acesso potencia o consumo e a dificultação faz diminuir a propensão. Veja-se o que aconteceu recentemente em Portugal com o consumo do tabaco. Agravou-se o preço de venda ao público por via do aumento da carga fiscal e aumentaram-se as barreiras ao consumo em determinados locais. Resultado: assistimos a uma diminuição ao nível do consumo de tabaco.
Se com cem mil dependentes de drogas temos os problemas criminais que temos, imagine-se o que seria se tivéssemos um milhão. Será preciso fazer a experiência para ver o resultado?
Não há nenhum Estado à face da terra que tenha arriscado, mas por vezes invade-me um sentimento de frustração por não existir um espaço geográfico ainda que limitado no tempo capaz de permitir que tais defensores pudessem viver onde as polícias não tinham qualquer autoridade nem sequer andavam armadas e as pessoas eram livres de consumir as substâncias que quisessem.
Não consigo imaginar nada que não fosse o que está para além do Leviatã de Hobbes em que o homem seria o predador do próprio homem. Será que alguém seria suficientemente forte que ousasse ali viver? Creio que não!
Não custa nada dizer-se umas coisas para alegrar a malta em particular para atrair a simpatia de determinados nichos da sociedade. Na realidade é bem mais fácil construir-se cenários idílicos do que materializar ideais e veja-se o que está a acontecer na Holanda, conhecido como sendo o país do mundo que foi mais longe nesta matéria.
Depois de em 1976 ter sido legalizada a comercialização de cannabis em pequenas quantidades, o governo local, devido a problemas de ordem criminal referenciados, está a ponderar a introdução de mecanismos de controlo de vendas através de cartões para que apenas membros dos conhecidos «coffee shops» que comercializam a substância tenham acesso a ela.
Portanto aquela ideia da liberdade total e do à-vontade é o extremo oposto à ordem e segurança e convém não esquecer tal evidência. Como é sabido, a comercialização e o consumo de álcool, em Portugal, é livre enquanto a comercialização das denominadas drogas ilícitas é crime e o seu consumo constitui contra-ordenação. O resultado em termos estatísticos é possuirmos a nível nacional cerca de um milhão de alcoólicos e cem mil dependentes de drogas. Se preferirem, nos Açores, possuirmos trinta mil alcoólicos e cinco mil dependentes de drogas.
Como sobejamente têm demonstrado as experiências, a facilitação do acesso potencia o consumo e a dificultação faz diminuir a propensão. Veja-se o que aconteceu recentemente em Portugal com o consumo do tabaco. Agravou-se o preço de venda ao público por via do aumento da carga fiscal e aumentaram-se as barreiras ao consumo em determinados locais. Resultado: assistimos a uma diminuição ao nível do consumo de tabaco.
Se com cem mil dependentes de drogas temos os problemas criminais que temos, imagine-se o que seria se tivéssemos um milhão. Será preciso fazer a experiência para ver o resultado?
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