JURE QUE EM DEZEMBRO SÓ VAI DAR AFECTO!
Dezembro é tradicionalmente o mês da Restauração da Independência, da Imaculada Conceição, da Padroeira de Portugal, das montras (por cá), das prendas, do Natal, da Família e tristemente um dos meses marcados pelas mais elevadas taxas da prática da violência.
Há anos, décadas, talvez até há séculos que a nossa história colectiva se escreve assim! E é pena é que durante outro tanto tempo, decisores, instituições e a comunidade em geral tenham ignorado esta dura realidade.
Não é fácil aceitar que, no período em que nos tornamos mais generosos, em que olhamos mais para o próximo, em particular para os mais pobres e indigentes, não sejamos capazes de abdicar da agressividade e da prática da violência sobre aqueles que nos são mais próximos e com a agravante de, segundo as estatísticas, em cada dois casos de prática de violência entre cônjuges ou pessoas em situação análoga, uma dessas práticas seja presenciada por quem é o centro da quadra natalícia – as crianças!
De que serve consumirmos tudo e mais alguma coisa? De que serve gastarmos as nossas poupanças em prendas? Em roupas? Em comidas? Em bebidas? Em perfumes? Em livros? Em discos? E sei lá que mais se não formos capazes de dar um abraço de afecto, de ternura e de jurarmos que não mais precisamos de fazer uso da prática da violência em particular sobre aqueles para com quem temos em primeiro lugar o dever de amar?
No ano passado, registou-se, em média, nos Açores, cem agressões mensais entre familiares. Uma agressão a cada sete horas. Paradoxalmente no mês de Dezembro registaram-se 160, ou seja, uma agressão a cada seis horas. Perdoem-me a intromissão, mas isto não faz sentido! Há qualquer coisa que está a falhar na formação e consciencialização da população açoriana.
Bem sei que o ano de 2009, nos Açores, ficou marcado pelo arranque do maior esforço de consciencialização de sempre para a não violência. Contudo, é muito pouco em relação ao efectivamente necessário. É preciso fazer muito mais! É preciso dar ainda mais abrangência a tal esforço! Por que não rentabilizamos o potencial que a RDP e RTP-Açores possuem no âmbito do serviço público nesta luta contra a violência? Por que não colocamos nos pacotes do leite, da manteiga, do açúcar, nas kimas de maracujá, nos rótulos das cervejas e demais bebidas alcoólicas, (…), mensagens de apelo à não violência? (…)
São poucas as áreas de intervenção social nos Açores com maior amplitude que a luta contra a prática da violência. É importantíssimo que a comunidade se consciencialize de que esta região do país não está condenada a ser aquela em que existe a maior propensão para a prática da violência.
Em nome de um verdadeiro Natal, nada faz sentido se não formos capazes de compreender este problema que colectivamente temos entre mãos!
Há anos, décadas, talvez até há séculos que a nossa história colectiva se escreve assim! E é pena é que durante outro tanto tempo, decisores, instituições e a comunidade em geral tenham ignorado esta dura realidade.
Não é fácil aceitar que, no período em que nos tornamos mais generosos, em que olhamos mais para o próximo, em particular para os mais pobres e indigentes, não sejamos capazes de abdicar da agressividade e da prática da violência sobre aqueles que nos são mais próximos e com a agravante de, segundo as estatísticas, em cada dois casos de prática de violência entre cônjuges ou pessoas em situação análoga, uma dessas práticas seja presenciada por quem é o centro da quadra natalícia – as crianças!
De que serve consumirmos tudo e mais alguma coisa? De que serve gastarmos as nossas poupanças em prendas? Em roupas? Em comidas? Em bebidas? Em perfumes? Em livros? Em discos? E sei lá que mais se não formos capazes de dar um abraço de afecto, de ternura e de jurarmos que não mais precisamos de fazer uso da prática da violência em particular sobre aqueles para com quem temos em primeiro lugar o dever de amar?
No ano passado, registou-se, em média, nos Açores, cem agressões mensais entre familiares. Uma agressão a cada sete horas. Paradoxalmente no mês de Dezembro registaram-se 160, ou seja, uma agressão a cada seis horas. Perdoem-me a intromissão, mas isto não faz sentido! Há qualquer coisa que está a falhar na formação e consciencialização da população açoriana.
Bem sei que o ano de 2009, nos Açores, ficou marcado pelo arranque do maior esforço de consciencialização de sempre para a não violência. Contudo, é muito pouco em relação ao efectivamente necessário. É preciso fazer muito mais! É preciso dar ainda mais abrangência a tal esforço! Por que não rentabilizamos o potencial que a RDP e RTP-Açores possuem no âmbito do serviço público nesta luta contra a violência? Por que não colocamos nos pacotes do leite, da manteiga, do açúcar, nas kimas de maracujá, nos rótulos das cervejas e demais bebidas alcoólicas, (…), mensagens de apelo à não violência? (…)
São poucas as áreas de intervenção social nos Açores com maior amplitude que a luta contra a prática da violência. É importantíssimo que a comunidade se consciencialize de que esta região do país não está condenada a ser aquela em que existe a maior propensão para a prática da violência.
Em nome de um verdadeiro Natal, nada faz sentido se não formos capazes de compreender este problema que colectivamente temos entre mãos!
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