PARIDADES…
Se actividades há, nomeadamente no ensino, na saúde e na justiça em que as mulheres já conquistaram os respectivos espaços, ultrapassando nalguns casos os homens, materializando a denominada feminização, sectores há em que as mulheres continuam a ser relegadas para segundos, terceiros e quartos planos…
O exercício de funções de chefia em geral e em particular na política são disso exemplos, quando apenas se tinha a ganhar que as mulheres os assumissem, como têm demonstrado os inúmeros estudos. As mulheres são mais assertivas, mais respeitadoras da ética e da deontologia, mais cumpridoras das normas e mais afectuosas que os homens. Por isso, a assunção de cargos de chefia por mulheres garante à partida uma humanização do cargo, o que não pode ser desperdiçado.
O problema é que, apesar dos avanços, continuamos a possuir uma sociedade profundamente machista que reserva às mulheres papéis subalternos. E quanto a isto, ai amigos, ai amigas, estamos perante um mecanismo com o poder de uma herança genética que nem à força da lei se altera!
Em nome duma suposta igualdade entre os sexos, ou como agora se usa dizer, em nome da igualdade de género, os recentes actos eleitorais foram os primeiros que em Portugal se realizaram com observância à chamada lei da paridade.
O princípio subjacente à referida lei não merece qualquer reparo, na medida em que, a bem do desenvolvimento da espécie humana e das sociedades, é fundamental que homens e mulheres, em igualdade de circunstâncias, se possam dedicar às mais variadas actividades. Porém, uma coisa é a teoria, outra bem distinta é a prática. As últimas eleições são a mais acabada materialização de tal facto.
Com a lei da paridade a vigorar, o resultado é que a Assembleia da República, nesta nova legislatura, tem menos mulheres do que na anterior. De que serve ter uma lei que obriga, na elaboração de listas, à existência de tantas mulheres como homens se as mulheres são estrategicamente colocadas em lugares que não são elegíveis?
O grande problema é uma parte significativa das nossas instituições serem covis de personalidades eternizadas em cargos e em poderes que a todo o custo afastam todos quanto são capazes de fazer sombra, todos quantos, em nome da racionalidade, são capazes de questionar decisões e de apresentar alternativas.
A não aceitação de que todo o poder é efémero e que muitos outros há que são sempre capazes de fazer ainda melhor do que nós é o nosso grande problema e um dos maiores entraves ao desenvolvimento da comunidade.
Tenham dignidade e deixem-se de tentativas de eternização porque a finitude é a nossa condição e a igualdade à oportunidade um imperativo da ética republicana.
O exercício de funções de chefia em geral e em particular na política são disso exemplos, quando apenas se tinha a ganhar que as mulheres os assumissem, como têm demonstrado os inúmeros estudos. As mulheres são mais assertivas, mais respeitadoras da ética e da deontologia, mais cumpridoras das normas e mais afectuosas que os homens. Por isso, a assunção de cargos de chefia por mulheres garante à partida uma humanização do cargo, o que não pode ser desperdiçado.
O problema é que, apesar dos avanços, continuamos a possuir uma sociedade profundamente machista que reserva às mulheres papéis subalternos. E quanto a isto, ai amigos, ai amigas, estamos perante um mecanismo com o poder de uma herança genética que nem à força da lei se altera!
Em nome duma suposta igualdade entre os sexos, ou como agora se usa dizer, em nome da igualdade de género, os recentes actos eleitorais foram os primeiros que em Portugal se realizaram com observância à chamada lei da paridade.
O princípio subjacente à referida lei não merece qualquer reparo, na medida em que, a bem do desenvolvimento da espécie humana e das sociedades, é fundamental que homens e mulheres, em igualdade de circunstâncias, se possam dedicar às mais variadas actividades. Porém, uma coisa é a teoria, outra bem distinta é a prática. As últimas eleições são a mais acabada materialização de tal facto.
Com a lei da paridade a vigorar, o resultado é que a Assembleia da República, nesta nova legislatura, tem menos mulheres do que na anterior. De que serve ter uma lei que obriga, na elaboração de listas, à existência de tantas mulheres como homens se as mulheres são estrategicamente colocadas em lugares que não são elegíveis?
O grande problema é uma parte significativa das nossas instituições serem covis de personalidades eternizadas em cargos e em poderes que a todo o custo afastam todos quanto são capazes de fazer sombra, todos quantos, em nome da racionalidade, são capazes de questionar decisões e de apresentar alternativas.
A não aceitação de que todo o poder é efémero e que muitos outros há que são sempre capazes de fazer ainda melhor do que nós é o nosso grande problema e um dos maiores entraves ao desenvolvimento da comunidade.
Tenham dignidade e deixem-se de tentativas de eternização porque a finitude é a nossa condição e a igualdade à oportunidade um imperativo da ética republicana.
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