A POLÉMICA DE SARAMAGO
Dá vontade de rir! É o mínimo que se pode dizer sobre tudo quanto já se disse e se escreveu em torno das declarações de José Saramago, na apresentação do seu novo livro. Não há dúvida de que estamos a assistir a uma demonstração de falta de racionalidade por todos os quadrantes, incluindo o próprio…
De certa forma já deveríamos estar habituados às estratégias normalmente bem sucedidas por parte de Saramago na publicitação da sua obra. (Só encontro paralelo em Madona.) Tal como já tinha usado a fórmula, Saramago repetiu-a e novamente pretensos defensores da Igreja não resistiram e caindo na armadilha contribuíram de forma sublime para a publicitação de «Caim».
Todos sabemos que a Igreja Católica não é propriamente um poço sem fundo de virtudes. A afirmação constitui mesmo uma banalidade. Inventada pelos homens não poderia deixar de ser imperfeita tendo cometido ao longo de séculos erros abissais.
Por isso o Papa João Paulo II se encarregou de pedir perdão à humanidade e em nome dos mais basilares princípios do humanismo devemos perdoar e colectivamente esforçarmo-nos, sem outros interesses, para que idênticos erros não sejam cometidos no futuro em nome da religião, da teoria, ou de uma qualquer ideologia.
José Saramago, o português galardoado com o Nobel da Literatura, cujo reconhecimento é por muitos questionado quando comparado com a obra de Vergílio Ferreira ou de Lobo Antunes, não é seguramente um ser perfeito e omnipotente.
Todos sabemos que José Saramago é alguém que não esconde uma aura de arrogância e muita, muita dificuldade em lidar com a diversidade, a identidade e até a opinião dos demais. Todos se devem recordar da forma como lidou com um jornalista da SIC porque um seu colega tinha antecipado a divulgação do seu discurso. Todos nos recordamos das suas palavras ameaçadoras de não voltar a Portugal se Durão Barroso ganhasse as eleições. Todos nos recordamos da ameaça de recusar a nacionalidade portuguesa se… entre tantos outros dislates a troco de protagonismo fácil em que todos embarcam. Com tantas demonstrações e ameaças não cumpridas, todos já deveríamos estar habituados a não levar a sério os espasmos de alma de Saramago.
Independentemente de acreditarmos ou não, independentemente de gostarmos ou não, independentemente de perfilharmos esta ou aquela ideologia a grandeza de um homem nunca se medirá pelos prémios ou pelo mediatismo que conseguir, mas sim pela humildade e pela capacidade de respeitar a diferença. Nisto José Saramago, para meu desgosto, tem sido muito mais pequeno que a dimensão da sua obra! Por tudo isto o melhor é «não dar mais para este peditório»…
De certa forma já deveríamos estar habituados às estratégias normalmente bem sucedidas por parte de Saramago na publicitação da sua obra. (Só encontro paralelo em Madona.) Tal como já tinha usado a fórmula, Saramago repetiu-a e novamente pretensos defensores da Igreja não resistiram e caindo na armadilha contribuíram de forma sublime para a publicitação de «Caim».
Todos sabemos que a Igreja Católica não é propriamente um poço sem fundo de virtudes. A afirmação constitui mesmo uma banalidade. Inventada pelos homens não poderia deixar de ser imperfeita tendo cometido ao longo de séculos erros abissais.
Por isso o Papa João Paulo II se encarregou de pedir perdão à humanidade e em nome dos mais basilares princípios do humanismo devemos perdoar e colectivamente esforçarmo-nos, sem outros interesses, para que idênticos erros não sejam cometidos no futuro em nome da religião, da teoria, ou de uma qualquer ideologia.
José Saramago, o português galardoado com o Nobel da Literatura, cujo reconhecimento é por muitos questionado quando comparado com a obra de Vergílio Ferreira ou de Lobo Antunes, não é seguramente um ser perfeito e omnipotente.
Todos sabemos que José Saramago é alguém que não esconde uma aura de arrogância e muita, muita dificuldade em lidar com a diversidade, a identidade e até a opinião dos demais. Todos se devem recordar da forma como lidou com um jornalista da SIC porque um seu colega tinha antecipado a divulgação do seu discurso. Todos nos recordamos das suas palavras ameaçadoras de não voltar a Portugal se Durão Barroso ganhasse as eleições. Todos nos recordamos da ameaça de recusar a nacionalidade portuguesa se… entre tantos outros dislates a troco de protagonismo fácil em que todos embarcam. Com tantas demonstrações e ameaças não cumpridas, todos já deveríamos estar habituados a não levar a sério os espasmos de alma de Saramago.
Independentemente de acreditarmos ou não, independentemente de gostarmos ou não, independentemente de perfilharmos esta ou aquela ideologia a grandeza de um homem nunca se medirá pelos prémios ou pelo mediatismo que conseguir, mas sim pela humildade e pela capacidade de respeitar a diferença. Nisto José Saramago, para meu desgosto, tem sido muito mais pequeno que a dimensão da sua obra! Por tudo isto o melhor é «não dar mais para este peditório»…
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