O COMBATE À ABSTENÇÃO
Têm estado a ser discutidas as possíveis formas de se combater a abstenção eleitoral nos Açores. Pelos vistos sem consenso entre os diversos partidos com assento na Assembleia Regional.
Não é admitido por todos os politólogos que das elevadas taxas de abstenção apenas se possam fazer leituras negativas. Tem-nos sido mesmo transmitido que as elevadas taxas de abstenção são um sinal de maturidade democrática. Por isso, os actos eleitorais mais participados são os primeiros a seguir a rupturas nos sistemas políticos como aconteceu em Portugal após o 25 de Abril de 1974.
Sabemos hoje que, quando estão em causa questões cruciais, assiste-se a um reforço da coesão social, levando a que a comunidade se mobilize e participe em massa. Pelo contrário, quando se adivinham resultados e não estão em causa questões cruciais, assiste-se a um certo conformismo e a baixas taxas de participação.
Para além dos cenários descritos somos hoje levados a pensar que a questão das elevadas taxas de abstenção é bem mais complexa e muito menos linear que no passado. Acreditamos que hoje traduzem sobretudo um certo desencanto para com os Partidos políticos, bem como para com os comportamentos de grande parte dos eleitos.
Hoje, muito mais do que conferir um cariz de obrigatoriedade participativa aos actos eleitorais, é crucial uma nova ética republicana. Hoje muito mais do que distribuir nas escolas documentação aos jovens sobre o Estatuto Político-Administrativo exige-se aos Partidos maior transparência na elaboração de listas de candidatos. Hoje muito mais do que transmissões em directo dos debates políticos nos órgãos de comunicação social, exige-se aos políticos uma maior representação dos representados. Hoje em vez de posturas autoritárias, de falta de humildade ou de pretensiosas demonstrações de que se sabe tudo, precisa-se que os representantes estejam mais acessíveis aos representados. Precisa-se que os representantes nunca deixem de ter presente que o poder é efémero. Precisa-se que os representantes tenham hombridade e não se desdobrem em esforços de manutenção no poder a todo o custo em particular através de jogos de bastidores. Precisa-se que os representantes não interiorizem que sem eles segue-se o caos. Precisa-se que os representantes possuam dignidade para servir em vez de servir-se e para que outros possam suceder-lhes na definição do interesse geral.
Se tais princípios forem acautelados, a par da proibição de sondagens durante as campanhas eleitorais, não haverá motivos para se temer as taxas de abstenção eleitoral e sem margem para dúvidas os representados ver-se-ão melhor defendidos pelos representantes.
Não é admitido por todos os politólogos que das elevadas taxas de abstenção apenas se possam fazer leituras negativas. Tem-nos sido mesmo transmitido que as elevadas taxas de abstenção são um sinal de maturidade democrática. Por isso, os actos eleitorais mais participados são os primeiros a seguir a rupturas nos sistemas políticos como aconteceu em Portugal após o 25 de Abril de 1974.
Sabemos hoje que, quando estão em causa questões cruciais, assiste-se a um reforço da coesão social, levando a que a comunidade se mobilize e participe em massa. Pelo contrário, quando se adivinham resultados e não estão em causa questões cruciais, assiste-se a um certo conformismo e a baixas taxas de participação.
Para além dos cenários descritos somos hoje levados a pensar que a questão das elevadas taxas de abstenção é bem mais complexa e muito menos linear que no passado. Acreditamos que hoje traduzem sobretudo um certo desencanto para com os Partidos políticos, bem como para com os comportamentos de grande parte dos eleitos.
Hoje, muito mais do que conferir um cariz de obrigatoriedade participativa aos actos eleitorais, é crucial uma nova ética republicana. Hoje muito mais do que distribuir nas escolas documentação aos jovens sobre o Estatuto Político-Administrativo exige-se aos Partidos maior transparência na elaboração de listas de candidatos. Hoje muito mais do que transmissões em directo dos debates políticos nos órgãos de comunicação social, exige-se aos políticos uma maior representação dos representados. Hoje em vez de posturas autoritárias, de falta de humildade ou de pretensiosas demonstrações de que se sabe tudo, precisa-se que os representantes estejam mais acessíveis aos representados. Precisa-se que os representantes nunca deixem de ter presente que o poder é efémero. Precisa-se que os representantes tenham hombridade e não se desdobrem em esforços de manutenção no poder a todo o custo em particular através de jogos de bastidores. Precisa-se que os representantes não interiorizem que sem eles segue-se o caos. Precisa-se que os representantes possuam dignidade para servir em vez de servir-se e para que outros possam suceder-lhes na definição do interesse geral.
Se tais princípios forem acautelados, a par da proibição de sondagens durante as campanhas eleitorais, não haverá motivos para se temer as taxas de abstenção eleitoral e sem margem para dúvidas os representados ver-se-ão melhor defendidos pelos representantes.
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