POR QUE NOS METEM OS POLÍTICOS?
Penso que cada vez é mais difícil encontrar pessoas que ainda perdem tempo a reflectir sobre a motivação de os políticos, sobretudo no poder, possuírem uma propensão acrescida para não nos falarem verdade.
São inúmeras as demonstrações. Se bem se lembram, e para pegar num exemplo recente, durante a campanha eleitoral para as legislativas que decorreu em 2009, o então candidato a Primeiro-Ministro, José Sócrates, por sobejas ocasiões afirmou que tinha posto as contas públicas em ordem. Com a apresentação do orçamento para 2010 acabamos por saber que o deficit em 2009 se fixou nos 9,3%. Ora, pelos vistos, na nossa história democrática, nunca as contas públicas estiveram tão em desordem.
Nas minhas quatro décadas de existência, não me lembro de nunca nenhum Primeiro-Ministro ter sido tão apupado e apelidado dos mais diversos epítetos fazendo referência à sua tendência para faltar à verdade.
O discurso da principal candidata da oposição, Manuela Ferreira Leite, perante as evidências, pensando ter descoberto um filão, centrou-se no lema «falar verdade aos portugueses». Resultado. Perdeu as eleições!
Perante o cenário descrito parece que estamos perante uma profunda contradição, mas ao mesmo tempo estamos perante a demonstração de que a representação social consciencializada da classe política pelos portugueses mudou e hoje, mentira e política são faces da mesma moeda, sendo mesmo impossível dissociá-las.
Qualquer reflexão sobre a seriedade da classe política apenas nos pode alertar para o perigo crescente de afastamento dos cidadãos a par de uma crescente perda de legitimidade dos políticos. Há mesmo quem afirme que já se atingiu o «grau zero»!
Não posso deixar de confessar a descrença de que se tenha atingido o nível mais baixo, até porque como diz o povo «é sempre possível vir pior»! Mas, pela conformação e indiferença às incongruências, a mim dá-me a sensação que não resta muito espaço para se descer ainda mais baixo.
Estamos mesmo perante a materialização da história de Pedro e o Lobo. De tanto se mentir e enganar tragou-se a verdade. Por isso, chego mesmo a pensar que ao mais comum dos cidadãos é indiferente que este ou aquele político falte à verdade na medida em que, na política, apenas nos resta a verdade da mentira!
No fim de contas, ainda bem que já muito poucos se importam com estas questões, pois de contrário as convulsões sociais seriam muito mais frequentes…
São inúmeras as demonstrações. Se bem se lembram, e para pegar num exemplo recente, durante a campanha eleitoral para as legislativas que decorreu em 2009, o então candidato a Primeiro-Ministro, José Sócrates, por sobejas ocasiões afirmou que tinha posto as contas públicas em ordem. Com a apresentação do orçamento para 2010 acabamos por saber que o deficit em 2009 se fixou nos 9,3%. Ora, pelos vistos, na nossa história democrática, nunca as contas públicas estiveram tão em desordem.
Nas minhas quatro décadas de existência, não me lembro de nunca nenhum Primeiro-Ministro ter sido tão apupado e apelidado dos mais diversos epítetos fazendo referência à sua tendência para faltar à verdade.
O discurso da principal candidata da oposição, Manuela Ferreira Leite, perante as evidências, pensando ter descoberto um filão, centrou-se no lema «falar verdade aos portugueses». Resultado. Perdeu as eleições!
Perante o cenário descrito parece que estamos perante uma profunda contradição, mas ao mesmo tempo estamos perante a demonstração de que a representação social consciencializada da classe política pelos portugueses mudou e hoje, mentira e política são faces da mesma moeda, sendo mesmo impossível dissociá-las.
Qualquer reflexão sobre a seriedade da classe política apenas nos pode alertar para o perigo crescente de afastamento dos cidadãos a par de uma crescente perda de legitimidade dos políticos. Há mesmo quem afirme que já se atingiu o «grau zero»!
Não posso deixar de confessar a descrença de que se tenha atingido o nível mais baixo, até porque como diz o povo «é sempre possível vir pior»! Mas, pela conformação e indiferença às incongruências, a mim dá-me a sensação que não resta muito espaço para se descer ainda mais baixo.
Estamos mesmo perante a materialização da história de Pedro e o Lobo. De tanto se mentir e enganar tragou-se a verdade. Por isso, chego mesmo a pensar que ao mais comum dos cidadãos é indiferente que este ou aquele político falte à verdade na medida em que, na política, apenas nos resta a verdade da mentira!
No fim de contas, ainda bem que já muito poucos se importam com estas questões, pois de contrário as convulsões sociais seriam muito mais frequentes…
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home